SÃO PAULO (Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quarta-feira que o governo precisa agregar outras bases além de seu grupo de sustentação parlamentar para aprovar a reforma da Previdência e defendeu diálogo com prefeitos e governadores em busca de apoio à proposta.
"Vamos tentar conversar com prefeitos e governadores para ver se a gente consegue encontrar uma agenda em comum que se inclua pelo menos parte da agenda que eles estão colocando e a Previdência, para que a gente possa fazer uma agenda fiscal fora desse embate mais quente e ideológico da política", disse Maia em entrevista a jornalistas, após participar de evento com investidores em um hotel na zona sul de São Paulo.
"Nós precisamos agregar outras bases e a base dos prefeitos e governadores tem muita força também com os deputados. Então, já que eles têm uma agenda no Congresso, eles precisam entender que essa (reforma da Previdência) é uma agenda que é prioridade da Câmara, mas também é prioridade dos governadores", acrescentou.
O presidente da Câmara voltou a defender que o processo de votação da reforma tenha início no dia 20 de fevereiro e também reiterou que, no momento, não há na Câmara 308 votos favoráveis à reforma.
Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) a reforma da Previdência precisa de 308 votos, entre os 513 deputados, em dois turnos de votação para ser aprovada na Câmara. Posteriormente, a medida também terá de ser analisada pelo Senado.
(Reportagem de Laís Martins)