Investing.com - Faltando pouco mais de um mês para a reforma da Previdência ser levada ao plenário da Câmara dos Deputados, o governo trabalha com todas as forças para a conquistas dos votos necessários durante o período do recesso parlamentar.
Durante a quinta-feira (4), aconteceram diversos encontros com lideranças da base governistas para tratar do assunto, com destaque para o almoço entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e articuladores de Michel Temer na Casa. Para André Moura (PSC-SE), líder do governo no Congresso, o ambiente para a aprovação é favorável, em uma situação melhor que a do final do ano passado.
Segundo Moura, a estratégia agora é manter contato telefônico com os deputados, uma vez que a maioria deles está viajando. Ele acredita que a pressão da sociedade contra a mudança nas regras da aposentadoria é menor e por isso que o governo tem que aproveitar o momento para convencer os parlamentares.
As declarações de Moura trouxeram também uma dúvida sobre a real data de votação da proposta. O presidente da Casa, Rodrigo Maia, diz que dia 19 de fevereiro, enquanto o líder diz que não há uma data definida, que seria a partir do dia 19.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, os governistas seguem contando votos e ainda estão longe de alcançar os 308 votos para aprovar, em dois turnos, a proposta. Pelo último levantamento do jornal, realizado em 19 de dezembro, o governo conta 73 votos a favor da reforma, dos 308 necessários, enquanto os opositores somam 244 votos, sendo necessários 205 votos para barrar a proposta.