NOVA YORK (Reuters) - Os pré-candidatos democratas à Presidência dos Estados Unidos Hillary Clinton e Bernie Sanders trocaram acusações e elevaram o tom em um debate acalorado antes da crucial disputa primária de terça-feira em Nova York pela nomeação do partido.
Hillary e Sanders se atacaram sobre Wall Street, controle de armas e outras questões na quinta-feira, em uma série de ataques que expôs a crescente pressão sobre os pré-candidatos, mas parece ter poucas chances de alterar a dinâmica da corrida liderada pela ex-secretária de Estado e ex-primeira-dama.
Embora longe das discussões que caracterizaram os debates dos rivais republicanos, o tom refletiu uma mudança na disputa democrata. Hillary e Sanders se interromperam a gritos, enquanto uma plateia dividida mostrava aprovação.
"Se vocês dois ficarem gritando em si, os telespectadores não conseguirão ouvir nenhum de vocês", alertou o moderador Wolf Blitzer, da CNN, durante o debate em Nova York.
Ao fim do debate de duas horas, a empresa de análise de mídias sociais Brandwatch relatou que Sanders recebeu mais de 173 mil menções no Twitter, sendo 55 por cento delas positivas, enquanto Hillary recebeu mais de 191 mil menções, sendo 54 por cento negativas. As menções a Hillary foram mais negativas do que positivas em dois dos três debates anteriores.
Sanders, de 74 anos, fará uma pequena pausa na campanha nesta sexta-feira para viajar ao Vaticano, onde fará um pequeno discurso em uma conferência sobre economia mundial e justiça social. Sanders, que irá voltar a Nova York para campanha no domingo, disse que a viagem não é um apelo político para eleitores católicos, mas uma mostra de admiração ao papa Francisco.