Investing.com - As incertezas devem dominar mais uma vez os negócios no mercado local nesta quarta-feira (20). Na reta final de 2017, o cenário fiscal segue indefinido com o adiamento da votação da reforma da Previdência apenas para fevereiro, além da suspensão da Medida Provisória que congelava o aumento dos salários dos servidores do judiciário. Por outro lado, na cena externa, destaque positivo para a aprovação da reforma tributária nos Estados Unidos.
Outro fator que pode pesar negativamente para os negócios é a pesquisa Barômetro Político Estadão Ipsos, que aponta o crescimento da aprovação do ex-presidente Lula e queda na rejeição, além de trazer queda na aprovação e aumento da rejeição dos principais nomes de oposição ao ex-presidente, como Geraldo Alckmin, Jair Bolsonaro e Marina Silva.
A preocupação segue entre os investidores locais quanto aos aspectos fiscais, principalmente com as faltas de alternativas para barra a decisão do STF que suspendeu o aumento da contribuição previdenciária e manteve o reajuste salarial dos servidores do judiciário. A expectativa é que o impacto anual seja de até R$ 6,6 bilhões nos cofres públicos.
Nesta madrugada, o Senado americano aprovou a redução em massa de impostos promovida pelo presidente Donald Trump, que é direcionado fundamentalmente para as grandes rendas e empresas. A reforma tributária foi aprovada com 51 votos a favor (todos republicanos) e 48 contra, todos os democratas.
Embora o plano dos republicanos fosse que o Congresso aprovasse o projeto de lei na terça-feira, o voto emitido pela Câmara dos Representantes foi invalidado por aspectos técnicos e deve ser repetido hoje pela manhã. Se o resultado for repetido e o projeto finalmente for aprovado pelo Congresso, Trump poderá ratificá-lo ainda nesta quarta-feira.