BRASÍLIA (Reuters) - O julgamento final do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff foi marcado para o dia 25 de agosto, disse nesta sexta-feira o advogado da petista, José Eduardo Cardozo, após protocolar as contestações à peça acusatória.
A defesa da presidente afastada apresentou nesta sexta-feira seus últimos argumentos antes do início do julgamento, cujo início agora foi oficialmente definido.
O documento de quase 700 páginas também lista um rol de seis testemunhas a serem ouvidas no julgamento. Com a entrega do contraditório nesta sexta, passa a contar um prazo de 10 dias para o julgamento, gerando a expectativa, entre alguns governistas, que o juízo pudesse ter início já no dia 23.
Interessa ao governo do presidente interino Michel Temer encerrar o julgamento de Dilma logo para por fim à situação política de indefinição.
Os denunciantes apresentaram o libelo --peça acusatória a ser utilizado no julgamento-- poucas horas após a aprovação da pronúncia na quarta-feira, data a partir da qual correu o prazo de 48 horas para a apresentação dos argumentos da defesa.
Afastada desde maio, Dilma é acusada de crime de responsabilidade por atrasos de repasses do Tesouro Nacional ao Banco do Brasil (SA:BBAS3) no âmbito do Plano Safra e pela edição de decretos com créditos suplementares sem autorização do Congresso. A defesa da petista tem reiterado que os repasses não constituem operação de crédito, o que seria vedado pela legislação, e que não há ato doloso da presidente.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)