SÃO PAULO (Reuters) - O juiz federal Sérgio Moro rejeitou pedido do Ministério Público Federal de prisão preventiva de Luiz Eduardo Oliveira e Silva, irmão do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que deverá ser solto já que sua prisão temporária vence nesta quarta-feira.
Luiz Eduardo foi preso no âmbito da operação Lava Jato, que investiga um esquema bilionário de corrupção na Petrobras (SA:PETR4), acusado de ajudar o irmão a operacionalizar o recebimento de propinas e a lavagem de dinheiro.
"Quero crer que a decretação e a manutenção da prisão preventiva de José Dirceu seja suficiente, nesse momento processual, para interromper a atividade delitiva do grupo", escreveu Moro em sua decisão.
Além do irmão de Dirceu, outras duas pessoas também serão soltas após o encerramento de suas prisões temporárias.
Dirceu, que antes de ser preso na Lava Jato cumpria prisão domiciliar por sua condenação no processo do mensalão, é acusado, entre outras coisas, de receber propina mensalmente por conta de contratos assinados pela Petrobras.
Ele foi preso na semana passada acusado pelo Ministério Público de ser um dos "líderes principais" que instituiu o esquema bilionário de corrupção na Petrobras ainda durante o período em que ocupava o cargo no Palácio do Planalto, no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
(Reportagem de Eduardo Simões)