Os líderes partidários reunidos com o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB–RJ), decidiram adiar para amanhã (22) decisão sobre se mudam ou não o Regimento Interno da Casa para estabelecer os critérios a serem adotados para a composição e formação das comissões técnicas permanentes. Eles também acertaram que a escolha das comissões pelos partidos deverá ser feita na terça-feira (29) da próxima semana e a eleição do presidente e dos vices na quarta-feira (30).
“Vamos decidir amanhã. Sinalizamos que vamos definir as comissões na semana que vem. Há uma polêmica que os partidos têm que decidir. Está mais ou menos dividido se vamos mudar ou não o regimento para considerar a bancada de agora ou da posse [na escolha das comissões]”, disse o deputado Eduardo Cunha.
Segundo Cunha, é preciso aguardar até amanhã para saber como vão ficar as bancadas com as mudanças de deputados de um partido para outro, com o fim do prazo da chamada janela partidária - dispositivo que permitiu aos parlamentares mudarem de legenda a partir do dia 18 do mês passado até hoje. Cunha informou que, até sexta-feira (18), 68 deputados tinham comunicado mudança de legenda e que hoje esse número chegou a 75 e pode ser alterado até amanhã.
Com a janela partidária, segundo o presidente da Câmara, algumas legendas ganharam um número significativo de deputados enquanto outras perderam muitos parlamentares. Ele citou, por exemplo, o caso do PMB (Partido da Mulher Brasileira), que tinha 22 deputados, e com o fim da janela ficou com apenas um parlamentar.
Para o líder do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM), durante a reunião foi rechaçada a ideia de criação de novos cargos para atender as lideranças dos partidos que ganharam novos deputados. “Vamos ter que fazer mudança no regimento, porque é inadmissível um partido que tinha 22 deputados [PMB] e caiu para um ter direito a presidir uma comissão ou ter direito a 77 cargos. Temos que fazer um arranjo dos cargos e fazermos a alteração do regimento para atender a nova composição dos partidos nas comissões técnicas da Casa”, disse Avelino.