📈 Pronto para levar os investimentos a sério em 2025? Dê o primeiro passo com 50% de desconto no InvestingPro.Garanta a oferta

Lava Jato investiga condomínio no Guarujá onde Lula teria apartamento

Publicado 27.01.2016, 22:12
© Reuters. Procurador-geral Carlos Fernando dos Santos Lima durante entrevista à Reuters
PBR
-

(Reuters) - O Ministério Público Federal (MPF) vai investigar todos os apartamentos do condomínio Solaris, no Guarujá (SP), por suspeita de terem sido usados para lavagem de dinheiro proveniente de esquema de corrupção na Petrobras (SA:PETR4), incluindo um eventual apartamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta quarta-feira o procurador da operação Lava Jato Carlos Fernando do Santos Lima.

O suposto pagamento de propina pela empreiteira OAS por meio de imóveis no condomínio faz parte das investigações da 22ª etapa da operação Lava Jato, deflagrada nesta quarta-feira pela Polícia Federal com o nome "Triplo X".

"Temos pessoas que são investigadas na Lava Jato que têm um benefício dado pela OAS em apartamentos nesse prédio, isso pode ser um indicativo de lavagem de dinheiro e pagamento de propina", disse Lima em entrevista coletiva em Curitiba, onde estão concentradas as investigações do esquema criminoso envolvendo a petroleira.

O empreendimento foi assumido pela OAS das mãos da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), que já teve como presidente o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, atualmente preso no âmbito da Lava Jato. Segundo o MPF, há indícios de lavagem de dinheiro por parte de familiares de Vaccari utilizando apartamentos no local.

"Nós entendemos que todos os apartamentos do condomínio Solaris devam ser investigados", acrescentou o procurador.

Questionado se um suposto apartamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no condomínio também seria alvo da investigação, o procurador afirmou: "Nós investigamos fatos. Se houver um apartamento lá que esteja em seu nome ou que ele tenha negociado, ou alguém de sua família, vai ser investigado como todos os outros."

De acordo com a Polícia Federal, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na Bancoop e na OAS nesta quarta. Também houve operação de buscas em endereços em São Paulo, Santo André e São Bernardo do Campo, um reduto de Lula.

Em nota, o Instituto Lula disse que o ex-presidente "repudia qualquer tentativa de envolver seu nome em atos ilícitos investigados na chamada Operação Lava Jato".

"Lula nunca escondeu que sua família comprou, a prestações, uma cota da Bancoop, para ter um apartamento onde hoje é o edifício Solaris. Isso foi declarado ao Fisco e é público desde 2006. Ou seja: pagou dinheiro, não recebeu dinheiro pelo imóvel", acrescentou o comunicado publicado no site do Instituto Lula.

Além de investigar o suposto esquema de propina por meio dos imóveis, a nova etapa da Lava Jato também mira um suposto grupo criminoso que possibilitava a investigados na Lava Jato movimentar recursos recebidos de propina no exterior.

A movimentação irregular seria realizada por meio da empresa Mossack Fonseca, especializada em abrir companhias offshores, segundo o Ministério Público Federal.

A Mossack Fonseca disse em nota que a "empresa está sendo injusta e erroneamente envolvida em assuntos os quais não temos qualquer envolvimento ou ingerência alguma". A empresa afirmou ainda que não participou da compra, empréstimo ou financiamento de qualquer imóvel, e que não oferece assessoria imobiliária no Brasil.

Foram expedidos seis mandados de prisão contra pessoas ligadas à empresa nesta quarta-feira, dos quais três foram cumpridos no Brasil e outros três são para suspeitos que estariam no exterior. Alguns dos presos seriam laranjas de pessoas que ainda estão sendo investigadas quem são, segundo o MPF.

A Lava Jato investiga esquema bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras e outras empresas e órgãos públicos, empreiteiras e partidos e políticos, e já levou à prisão vários ex-executivos da petroleira e de empreiteiras, além de políticos.

© Reuters. Procurador-geral Carlos Fernando dos Santos Lima durante entrevista à Reuters

A empreiteira OAS ainda não se manifestou.

(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.