Por Juliette Jabkhiro
DACAR (Reuters) - O presidente do Senegal, Macky Sall, conquistou mais um mandato com tranquilidade na eleição de domingo, como mostraram cifras provisórias nesta quinta-feira, o que lhe dá mais cinco anos para concluir uma série de projetos de modernização.
Os quatro candidatos de oposição disseram que rejeitam o resultado, mas também que não apelarão contra ele.
A economia senegalesa ganhou ímpeto desde que Sall tomou posse em 2012, impulsionada pela construção de um novo aeroporto e vias expressas e uma ampliação da rede elétrica que foram aplaudidos por doadores internacionais e a elite local.
"Acreditamos nele sete anos atrás, continuamos a acreditar nele agora. Ele é um visionário... ele é o futuro do Senegal", disse a apoiadora Aicha Cisse Bottenoire.
Mas grupos de direitos humanos criticam Sall por reprimir duramente os dissidentes, livrar-se de rivais e fazer pouco pelos pobres – na ex-colônia francesa de 15 milhões de habitantes a renda média é de menos de 200 dólares por mês.
Khalifa Sall, ex-prefeito de Daca, e Karim Wade, filho do ex-presidente Abdoulaye Wade, que governou de 2000 a 2012, foram impedidos de concorrer devido a condenações por corrupção que a oposição disse terem tido motivação política. Sall e seu partido o negam.
O adversário Idrissa Seck, que ficou em segundo lugar com cerca de 21 por cento dos votos, e Ousmane Sonko, que chegou em terceiro com 16 por cento, disseram em um comunicado conjunto: "Rejeitamos firme e convictamente estes resultados. (Sall) desconsiderou a vontade do povo."
"Não faremos uma apelação ao conselho constitucional", acrescentaram, sem especificar qual será sua próxima medida.
Tecnicamente, os candidatos derrotados têm 72 horas para apresentar uma apelação.