(Reuters) - Réu em cinco processos e um dos personagens principais das delações premiadas de executivos da Odebrecht divulgadas em vídeo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira que, se alguém provar um "erro" que tenha cometido larga a política e, ao mesmo tempo, afirmou que, caso deixem, será candidato à Presidência ano que vem.
“Não é possível que essas pessoas não tenham dó de levar tanta gente à miséria outra vez, de fazer o povo descer do degrau que eles conquistaram", disse Lula em entrevista a uma rádio de Salvador.
"Então, isso me deixa revoltado, mas ao mesmo tempo me deixa estimulado. Eu não sei o que vai acontecer comigo. O dado concreto é o seguinte: eu tô na disputa", acrescentou. "Vou disputar se me deixarem disputar e vou provar que esse país pode voltar a ser feliz.”
Lula disse que não vai ˜"rir nem chorar" sobre as novas denúncias, que considerou inverossímeis e irreais, argumetando que "a delação tem que ser provada".
“Cada acusação dessa mexe com meu brio, mexe com minha honra e eu sinto muito mais disposição de brigar, eu não nasci para parar no meio do caminho", disse.
"O dia que alguém provar um erro meu ou 10 reais ilícitos na minha vida eu paro com a política."
Lula prestará depoimento ao juiz Sérgio Moro no próximo dia 3, em uma das ações em que é réu na Lava Jato.