RIO DE JANEIRO (Reuters) - Centenas de manifestantes, a maioria servidores, participaram nesta sexta-feira um ato contra as reformas estruturais e contra os governos local e federal na frente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), no centro da capital fluminense.
"As reformas não foram negociadas com os trabalhadores, mas negociam com empresários de todos os setores. Falta diálogo ainda mais na reforma trabalhista que atinge a iniciativa privada e serviodres públicos. Pode haver demissões em massa", disse Marcelo Neris, diretor do Sindicato dos Servidores da Justica Federal no Rio de Janeiro, que participava do ato.
Durante o ato houve confronto. Representantes de grupos mascarados infiltraram-se no movimento e quando os manifestantes se preparavam para sair em caminhada pelo centro da cidade teriam tentando forçar a grade que protege a Alerj. A ação levou homens da Força Nacional de Segurança a reagirem com bombas de gás e efeito moral.
Houve pânico e correria. Os mascarados reagiram com pedras e fogos de artifício. Lojas foram depredadas perto da Alerj, e objetos foram incendiados, formando barreiras.
O policiamento no local foi reforçado.
A greve geral foi convocada nesta sexta-feira para protestar contra as reformas trabalhista e da Previdência, consideradas essenciais pelo governo para a retomada da economia. Pelo país, trabalhadores de diversas categorias aderiram à greve. Houve paralisação dos transportes públicos e bloqueios em importantes vias de diversas cidades do país.
(Por Rodrigo Viga Gaier)