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Meirelles já tem equipe própria para auxiliar na corrida à Presidência em 2018, dizem fontes

Publicado 04.10.2017, 20:48
Atualizado 04.10.2017, 20:50
© Reuters. Meirelles, durante evento em São Paulo

Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já tem uma equipe com pessoas ligadas à Fundação Getulio Vargas (FGV) para orientá-lo e, entre outras tarefas, monitorar as repercussões sobre suas ações nas redes sociais de olho nas eleições presidenciais de 2018, afirmaram à Reuters três fontes com conhecimento direto do assunto.

Segundo uma das fontes ouvidas pela Reuters, a equipe é responsável pela produção de uma análise diária de redes sociais e pelo planejamento estratégico da divulgação de conteúdo sobre as ações do ministro.

Meirelles, filiado ao PSD, já foi convidado pela bancada do partido na Câmara dos Deputados para se candidatar à Presidência no ano que vem, mas em declarações públicas tem reiterado que no momento está concentrado nas questões da economia do país.

O ministro, no entanto, não nega veementemente a possibilidade de participar de uma disputa presidencial. O Palácio do Planalto é uma antiga ambição. Quando foi presidente do Banco Central, durante todo o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003 a 2010), chegou a ser cogitado como possível candidato a vice-presidente.

A fonte, que falou em condição de anonimato, também disse que o ministro conta com o trabalho do jornalista Thomas Traumann, ex-ministro da Comunicação Social e porta-voz da Presidência da República no governo Dilma Rousseff até o começo de 2015. A informação foi confirmada por uma quarta fonte, que também tem conhecimento sobre o assunto.

Traumann é hoje pesquisador de políticas públicas da FGV e consultor independente. Ele pediu demissão do governo Dilma após o vazamento de um relatório interno em que apontou que o país rumava para o "caos político" e que o governo petista apresentava "comunicação errática".

Um dos membros da equipe da FGV que auxilia o ministro, acrescentou a primeira fonte, trabalharia no mesmo espaço físico da assessoria do gabinete do ministro da Fazenda e teria participação direta em decisões relacionadas à comunicação da pasta.

De acordo com duas das fontes, a equipe trabalha para o ministro há mais de três meses.

Procurado, o Ministério da Fazenda informou que a FGV presta apoio de monitoramento de redes sociais sobre temas de interesse para o debate econômico e desenvolvimento de um blog para a pasta, além de uma página no Facebook, mas que "não há relação com eleições".

"A atuação da FGV é uma contrapartida a uma ação orçamentária de apoio institucional que o Ministério da Fazenda tem com a Fundação há 40 anos. Já foram desenvolvidos projetos com a Receita Federal, Tesouro Nacional e outros órgãos da pasta", informou a Fazenda, via assessoria de imprensa.

A pasta também informou que "integrantes da equipe da FGV visitam esporadicamente o Ministério da Fazenda dentro do apoio à construção do blog" e, sobre Traumann, afirmou que ele não tem relação com a Fazenda.

O próprio jornalista afirmou à Reuters que trabalha para empresa da qual Meirelles é sócio desde novembro de 2015, mas não trabalha para o Ministério da Fazenda. Questionado sobre ações visando a eleição de 2018, Traumann não quis comentar.

Já a FGV informou que "não existe contrato de prestação de serviços entre a Fundação Getulio Vargas e o Ministério da Fazenda, nem diretamente com o ministro Henrique Meirelles".

© Reuters. Meirelles, durante evento em São Paulo

HORIZONTE

Meirelles, por enquanto, é pouco visto pela população em geral como um candidato ao Palácio do Planalto, mas a participação de encontros com pastores evangélicos atiçou as suspeitas de que estaria trabalhando para buscar uma candidatura presidencial. O ministro também criou uma conta na rede de microblogs Twitter, administrada por sua assessoria, em que costuma comentar os resultados positivos da economia.

Em pesquisa Datafolha divulgada no último fim de semana pelo jornal Folha de S. Paulo, Meirelles apareceu com 2 por cento das intenções de voto em todos os cenários pesquisados.

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