RIO DE JANEIRO (Reuters) - O ministro dos Transportes, Maurício Quintella, solicitará à Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos, ligada ao Ministério da Justiça, reforço de segurança nas áreas públicas dos aeroportos brasileiros, entre eles o aeroporto internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, após os atentados no aeroporto de Istambul, na Turquia, e de Bruxelas, na Bélgica.
O ministro disse nesta quarta-feira, pouco mais de um mês antes da abertura dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, que as autoridades brasileiras estão em alerta depois dos atentados nas cidades europeias, que mataram dezenas de pessoas
“Claro que quando você tem um atentado em Bruxelas e Istambul, nas áreas públicas do aeroportos, isso acende um alerta e se aumenta a preocupação do governo e de todos envolvidos nas Olimpíadas”, disse Quintella a jornalistas.
Para autoridades aeroportuárias, o quadro atual é de “alerta amarelo” nos terminais nacionais. O Galeão --que será porta de entrada de turistas, torcedores, atletas e dirigentes durante os Jogos-- merece uma atenção especial das forças de segurança ligadas ao evento.
Quintella lembrou que nos ataques em Istambul e em Bruxelas, os atentados aconteceram em aeroportos com grande circulação de pessoas nas áreas públicas dos terminais.
“A exemplo de Istambul, já tivemos em Bruxelas em uma área pública do aeroporto. Apesar da preparação, integração na área de segurança, o que aconteceu ontem (ataque no aeroporto de Istambul na terça-feira) gera um alerta", disse o ministro.
“Nas áreas restritas (dos aeroportos) não há histórico de problemas... o ministério está sugerindo reforçar a necessidade de um reforço para essas áreas públicas, onde temos preocupação.”
Segundo Quintella, o ministério vai ainda solicitar atenção especial para a segurança nas vias de acesso ao Galeão. Como há apenas uma via para se chegar e sair do terminal internacional, em caso de protesto e manifestação com o bloqueio dessa avenida, haverá prejuízos a rotina do aeroporto.
“Vamos alertar que eventual bloqueio no acesso ao Galeão vai impactar de forma importante e a movimentação no Galeão, e isso preocupa o ministério e a Aviação Civil”, afirmou Quintella
Os chefes de Estado que virão acompanhar os Jogos devem desembarcar no Rio de Janeiro usando a base aérea do Galeão, anexa ao aeroporto internacional. A previsão é que a cerimônia de abertura, marcada para o dia 5 de agosto, conte com a presença de cerca de 100 chefes de Estado de todo o mundo.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)