BERLIM (Reuters) - O ministro das Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, disse que as reformas da União Europeia propostas pelo presidente francês Emmanuel Macron devem ser discutidas antes das eleições europeias do ano que vem, mas acrescentou que algumas das medidas propostas não são viáveis.
Scholz afirmou ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung que trabalharia próximo da França nos próximos meses para avaliar quais reformas devem avançar.
A França tem pressionado a Alemanha e outros países europeus a pararem de bloquear decisões difíceis sobre o sistema bancário da zona do euro e regulações do mercado de capitais.
"Vamos examinar o que é possível sem sobrecarregar a habilidade de ação de membros individuais", disse Scholz, um Social-Democrata, em entrevista que será publicada no domingo.
Os comentários de Schols surgem dias antes de Macron visitar Berlim para se encontrar com a chanceler Angela Merkel.
Scholz disse que está claro que a Alemanha terá que aumentar o financiamento da União Europeia, após a saída do Reino Unido.
Mas ele afirmou que a Alemanha não compensaria a lacuna financeira sozinha, ecoando os comentários do seu predecessor, o conservador Wolfgang Schäuble.
Sobre reformas propostas por Macron, ele disse que a Alemanha gostaria de expandir o Mecanismo de Estabilidade Europeu para uma união monetária, garantindo ao mesmo tempo controle parlamentar contínuo.
Ele disse que há obstáculos difíceis em relação à proposta de união bancária, incluindo o alto nível de empréstimos não-produtivos em alguns países.