LONDRES (Reuters) - O parlamentar britânico Ian Austin deixou o oposicionista Partido Trabalhista nesta sexta-feira, o nono nesta semana, afirmando que a legenda está "quebrada" e foi tomada pela "extrema esquerda".
Austin disse estar chocado com o tratamento dado a parlamentares judeus que adotaram uma posição contra o antissemitismo e que "o partido é mais duro com as pessoas que reclamam do antissemitismo do que é contra os antissemitas".
"O Partido Trabalhista tem sido minha vida, então esta é a decisão mais difícil que eu já tive que tomar, mas tenho de ser honesto e a verdade é que eu fico envergonhado pelo Partido Trabalhista sob (o líder) Jeremy Corbyn", disse ele ao jornal Express and Star.
"Jamais poderia pedir às pessoas que tornem Jeremy Corbyn primeiro-ministro."
Corbyn prometeu tirar o antissemitismo do partido.
Um porta-voz dos trabalhistas disse que o partido lamenta que Austin tenha decidido sair.
"Ele foi eleito como um membro trabalhista do Parlamento, então a coisa democrática a fazer seria renunciar à sua cadeira e permitir que o povo de Dudley decidisse quem irá representá-lo", disse.
Austin disse que no momento não tem quaisquer planos para se juntar ao Grupo Independente no Parlamento, lançado por sete parlamentares trabalhistas na segunda e que recebeu um oitavo integrante, assim como outros membros que saíram do governista Partido Conservador.
(Reportagem de Kylie MacLellan)