MADRI (Reuters) - O novo primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, que chegou ao poder com uma improvável aliança entre partidos rivais, trabalhou neste domingo para formar um governo de minoria que segundo um assessor não incluirá ministros do partido de esquerda Podemos.
O líder do partido Socialista, que tem postura pró-União Europeia, diz que quer que seu governo dure até meados de 2020, quando o atual mandato parlamentar termina.
Sanchez chegou ao poder de maneira inesperada como resultado de um escândalo de corrupção que derrubou o conservador Mariano Rajoy. Mas com apenas 84 dos 350 membros do parlamento, não é claro como um governo Sanchez possa permanecer.
O Podemos, que ajudou Sanchez a derrubar Rajoy, diz que quer fazer parte do governo. O partido, que defende medidas anti-austeridade, busca generosas políticas de bem estar social e regulações e tributações mais duras para bancos.
Um governo formado apenas pelo Partido Socialista com 84 parlamentares seria "mais instável do que um que incluísse outras forças políticas", disse Pablo Echenique, um membro da liderança do Podemos a jornalistas.
Perguntada sobre se haveria algum ministro do Podemos, a assessora e porta-voz de Sanchez, Margarita Robles, disse à Rádio Cadena Cope: "Não, não. A posição de Pedro Sanchez é clara. Será um governo do Partido Socialista, um governo de minoria".
(Por Ingrid Melander)