Por Richard Cowan
WASHINGTON (Reuters) - Os ex-presidentes dos Estados Unidos Barack Obama e George W. Bush irão liderar um serviço memorial dedicado ao falecido John McCain, o ex-senador pelo Estado de Arizona e herói da Guerra do Vietnã cujas tentativas de chegar à Casa Branca foram frustradas pelos dois ex-líderes.
No caminho para a Catedral Nacional de Washington, o cortejo de McCain, um dos mais famosos prisioneiros de guerra dos Estados Unidos, irá fazer uma parada no Memorial dos Veteranos do Vietnã, onde sua esposa, Cindy McCain, deixará uma coroa de flores para homenagear aqueles que morreram no conflito.
Obama e Bush, um democrata e um republicano, serão acompanhados por um número de ex-presidentes, senadores, oficiais da Guerra do Vietnã, e outros, que honrarão o senador que morreu em 25 de agosto de um câncer no cérebro, pouco antes de seu aniversário de 82 anos.
A ausência notável será a do atual presidente, Donald Trump, que nos últimos três anos esteve envolvido em disputas públicas com McCain, seu companheiro de partido.
A família de McCain deixou claro que Trump não era bem-vindo aos funerais no Arizona e em Washington, ou no enterro que acontecerá em Annapolis, no Estado de Maryland, na Academia Naval dos Estados Unidos. McCain era membro da turma de 1958 da Academia.
No Congresso, onde seu corpo foi velado na sexta-feira, McCain era uma voz de liderança que pedia reformas de leis de imigração, ambientais, e de financiamento de campanha. Mas foi seu serviço militar, marcado por anos como prisioneiro de guerra no Vietnã do Norte, que moldou sua vida política.
McCain, que era um capitão da Marinha norte-americana, teve sua aeronave abatida sobre Hanoi durante uma missão de bombardeio em 1967.
Mantido prisioneiro até 1973, McCain foi torturado por seus captores vietnamitas em uma prisão chamada pelos americanos de "Hilton de Hanoi".