Arena do Pavini - Em entrevista à Rádio CBN hoje pela manhã, o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), apontado pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro(PSL-RJ), como futuro ministro chefe da Casa Civil, reforçou que o novo governo não deve tentar aprovar ainda neste ano a reforma da Previdência proposta pelo presidente Michel Temer. Temer deu declarações se oferecendo para ajudar a tentar aprovar ainda este ano o projeto que está no Congresso e que prevê idade mínima de 65 anos para aposentadoria. A reforma da Previdência é fundamental para deter o crescimento do déficit público do país nos próximos anos.
Lorenzoni disse que “o governo começa no dia 1º de janeiro” e que a ideia é levar ao novo Congresso uma outra proposta e com uma visão de mais longo prazo. Segundo ele, a proposta atual visa mais um ajuste fiscal de curto prazo e seu impacto duraria pouco tempo. Em cinco anos, o país teria problemas novamente, afirmou. Segundo o deputado, é preciso separar o que é o regime previdenciário do que é assistência social, para que os brasileiros saibam o que é gasto com impostos para pagar os que não têm condições de se manter. E lembrou do discurso de Bolsonaro, que defendeu a “verdade”.
Lorenzoni disse também que o sistema de previdência deve incentivar a formação de poupança para investimentos no país, na linha de criação de regimes de capitalização, nos quais cada trabalhador guarda recursos para se manter após a aposentadoria.
Ele lembrou também que o presidente tomará posse em janeiro, mas o novo Congresso assume em janeiro, o que levará a um período de transição do novo governo com os parlamentares que não foram reeleitos. Ele disse também que terá início nesta terça-feira o governo de transição e haverá uma reunião de Bolsonaro com a equipe. O governo de transição terá também contatos com os congressistas que foram reeleitos.
Questionado sobre a tabela do frete e a polêmica envolvendo o subsídio ao diesel, Lorenzoni afirmou que o novo governo pretende ser mais aberto aos caminhoneiros, prometendo mais diálogo e compreensão. Ele culpou o monopólio da Petrobras (SA:PETR4) e a falta de concorrência pelo custo elevado do combustível, bem como o oligopólio das empresas que contratam os caminhoneiros pelas dificuldades do setor. E comparou a oscilação dos combustíveis com o do trigo e do pão, também importado, mas que sofre menor impacto pela concorrência maior.
Por Arena do Pavini