(Reuters) - A oposição apresentará nesta terça-feira aditamento ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff apresentado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior para acrescentar argumento de que o governo manteve neste ano as chamadas pedaladas fiscais que levaram à reprovação das contas de 2014 pelo Tribunal de Contas da União (TCU), de acordo com jornais.
Segundo reportagens publicadas na Folha de S.Paulo e em O Estado de S. Paulo, a ação visa atender um dos requisitos que vêm sendo abordados pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de que não é possível acatar um pedido de impeachment baseado em irregularidades cometidas no primeiro mandato de Dilma, como é o caso das contas do ano passado.
Desse modo seria possível Cunha aceitar diretamente o pedido de impedimento da presidente, em vez de rejeitá-lo e forçar a oposição a recorrer contra a decisão no plenário da Câmara.
A apresentação do aditamento, por outro lado, adiaria por mais alguns dias a decisão de Cunha sobre esse pedido de impeachment.