Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - O Palácio do Planalto montou uma operação de emergência nesta quarta-feira para tentar garantir o quórum para a segunda sessão aberta pela Câmara dos Deputados para votar denúncia contra o presidente Michel Temer, com os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria-geral da Presidência, Moreira Franco, ligando para deputados para convencê-los a ir a plenário.
Depois de ter encerrado a primeira sessão por falta de quórum, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), marcou outra para as 14h30, mas sem a oposição, que não registra presença em plenário, e vários deputados da base que também não apareceram em plenário, o governo ainda não conseguiu a presença de 342 parlamentares necessária para abrir a sessão.
De acordo com uma fonte, sem Temer, internado para fazer exames por uma obstrução da próstata, Padilha assumiu pessoalmente a articulação com deputados e está no telefone tentando convencer parlamentares a registrarem presença em plenário.
"Se encerrou a primeira sessão faltando 30 deputados, é pouco. Vamos conseguir sim votar hoje", garantiu uma fonte.
Mesmo com a internação de Temer, a ordem no Planalto é manter a votação para esta quarta-feira. A Câmara analisa a segunda denúncia contra Temer, em que é acusado pela Procuradoria-Geral da República dos crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa.