Por Idrees Ali e Asif Shahzad
ISLAMABAD (Reuters) - O ex-partido governista do Paquistão admitiu derrota para o ídolo do críquete Imran Khan nas acirradas eleições do país, antes da divulgação dos resultados oficiais nesta sexta-feira, abrindo caminho para Khan começar a procurar parceiros da coalizão.
Durante discurso em que declarou vitória na quinta-feira, Khan ofereceu-se para investigar as alegações da oposição de manipulação de votos, e prometeu melhorar as relações com os vizinhos Índia e Afeganistão, ao mesmo tempo em que pediu laços "mutuamente benéficos" com os Estados Unidos.
O partido do ex-primeiro ministro Nawaz Sharif, que está preso, inicialmente rejeitou os resultados parciais da votação, mas nesta sexta-feira seus líderes pareciam aceitar que Khan será o próximo primeiro-ministro.
"Vamos nos sentar nos bancos da oposição, apesar de todas as reservas", disse Hamza Shehbaz Sharif, parlamentar e sobrinho de Nawaz Sharif, que está preso depois de ser condenado por corrupção.
As alegações de manipulação na eleição de quarta-feira marcaram uma campanha acirrada, na qual os poderosos militares do Paquistão foram acusados de favorecer Khan e de tentar apagar as conquistas democráticas obtidas desde que o período mais recente de governo militar terminou, em 2008.
Embora pareça provável que Khan ficará aquém dos 137 assentos necessários para formar maioria na Assembleia Nacional, seus resultados melhores do que o esperado significam que ele não deve ter problemas para formar um governo de coalizão com alguns poucos parceiros.