Por Olivia Kumwenda-Mtambo e Alexander Winning
JOHANESBURGO (Reuters) - O partido governista da África do Sul ordenou nesta terça-feira que Jacob Zuma renuncie como chefe de Estado depois de discussões sobre o destino de um líder que dividiu o país após anos no poder marcados por escândalos.
Membros do Congresso Nacional Africano (CNA) querem agora que o novo líder do partido, Cyril Ramaphosa, substitua Zuma como presidente, disse a jornalistas o secretário-geral do CNA, Ace Magashule.
Mas a executiva nacional do CNA ficou dividida sobre quando exatamente Zuma deveria sair, completou Magashule.
Nem Zuma nem seu porta-voz se pronunciou, mas Magashule afirmou que o presidente prometeu responder à ordem até quarta-feira.
O rand se enfraqueceu, com operadores atribuindo o movimento à incerteza provocada pela falta de um cronograma claro.
Magashule disse que se reuniu com Zuma pessoalmente para informar a decisão. "Não demos a ele nenhum prazo para responder...a organização espera que ele saia", disse ele.
Zuma havia pedido ao partido para lhe dar de três a seis meses, mas isso lhe foi negado, segundo Magashule.
A decisão de determinar a retirada de Zuma do poder aconteceu após 13 horas de discussões tensas e um debate curto cara a cara entre Zuma e Ramaphosa.
Ramaphosa, líder sindical e advogado, foi eleito chefe do CNA em dezembro ao derrotar a ex-esposa de Zuma, Nkosazana Dlamini-Zuma.