LIMA (Reuters) - O Peru congelou duas contas do ex-chefe da unidade da Odebrecht encarregada de investimentos na América Latina, Jorge Barata, de 13 milhões de dólares, e o Ministério Público abriu uma investigação por lavagem de dinheiro.
O regulador bancário Unidade de Informação Financeira (UIF) detectou "movimentos suspeitos" de transferências das contas do ex-executivo brasileiro entre 2006 e 2016 para fora, disseram os promotores em comunicado.
As duas contas de Barata, ex-chefe da Odebrecht Latinvest e ex-gerente da empresa de construção civil no Peru, estão em um banco peruano e correspondem a fundos de investimento, contribuições voluntárias para aposentadoria e outras transferências internacionais, segundo a nota.
A Odebrecht enfrenta uma investigação de corrupção em vários países da América Latina, após admitir que pagou subornos para ganhar obras públicas na região.
Barata enfrenta dois outros inquéritos no Peru: uma por tráfico de influência e outro por conivência.
A Odebrecht no Brasil disse em comunicado enviado à Reuters que a construtora "tem colaborado com as autoridades desse país (Peru) para avançar nas investigações em andamento", sem se referir a Barata.
(Relatório de Marco Aquino)