Arena do Pavini - Pesquisa feita pela corretora Guide Investimentos e pela gestora de recursos Rio Bravo Investimentos nos dias 10 a 12 de setembro por telefone mostra Jair Bolsonaro, do PSL, subindo na preferência dos eleitores, tanto no voto espontâneo, em que o eleitor lembra de cabeça os nomes, quanto na estimulada, com a indicação dos concorrentes. Na espontânea, Bolsonaro subiu de 23% na pesquisa feita entre 2 e 4 de setembro, antes do atentado, para 30% das intenções de voto. Na pesquisa estimulada, ele passa de 30% para 36%. O movimento reflete o ataque a faca sofrido pelo candidato e a oficialização do nome de Fernando Haddad como candidato do PT no lugar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ataque levou indecisos para Bolsonaro
A pesquisa mostra também uma queda nos eleitores que não tinham candidato, de 44% no início de setembro para 33%. Os organizadores da pesquisa atribuem a esses eleitores o crescimento de Bolsonaro, provavelmente pela grande exposição nos meios de comunicação, anulando os ataques dos adversários, especialmente de Geraldo Alckmin, do PSDB.
Já Fernando Haddad, do PT, aparece em segundo na pesquisa estimulada, com 12% das intenções, mas com empate técnico com Alckmin, que tem 11%, e Ciro Gomes, com 10%.
Com apoio de Lula, Haddad sobe para 25%
Mas a pesquisa mostra que a vantagem de Bolsonaro não é tão sólida, pois quando há indicação de apoio de Lula a Haddad, 22% dos votos do ex-capitão migram para outros candidatos, especialmente para o petista, que alcança 25% das intenções.
No cenário que menciona o apoio de Lula a Haddad, Alckmin oscila de 9% na pesquisa anterior para 10% nesta e Marina Silva, da Rede, cai de 8% para 5%. Ciro recua de 12% para 8%. Para os organizadores da pesquisa, os números demonstram que parte dos eleitores de Ciro e Marina poderão migrar em breve para o “herdeiro oficial de Lula”.
Já sobre a segunda opção de voto, 16% do total de eleitores escolhem Ciro. Alckmin vem em seguida, com 15% das intenções.
96% souberam do atentado
A pesquisa perguntou também sobre o atentado a Bolsonaro, e 96% dos entrevistados disseram que tomaram conhecimento. Desses, 81% declararam que o fato não influenciou seu voto, mas 49% afirmaram se sentir muito comovidos com o ocorrido e 26% se disseram um pouco comovidos. Apenas 18% afirmaram não se comover com o ataque.
No cenário espontâneo, Marina Silva oscila de 1% na pesquisa anterior para 3% na recente. Ciro sobe de 3% para 5%, Alckmin passa de 3% para 4% e Haddad, de 2% para 5%.
Na pesquisa estimulada com Lula apoiando Haddad, Bolsonaro passa de 28% para 31% das intenções. Em seguida vem Haddad, que passa de 19% para 25%, reduzindo a vantagem. Ciro Gomes cai de 12% para 8%, Marina vai de 8% para 5% e Alckmin sobe de 9% para 10%.
Segundo turno mostra Bolsonaro liderando
Em um possível segundo turno entre Bolsonaro e Marina, o ex-capitão teria 46% dos votos (eram 40% na pesquisa anterior), ante 35% da candidata, que na pesquisa anterior tinha 39%.
Entre Ciro e Alckmin, o tucano ganharia com pequena margem, 37% (para 34% na pesquisa anterior) enquanto o candidato do PDT teria 36% dos votos, um a mais que no levantamento anterior.
Entre Bolsonaro e Alckmin, o ex-capitão ganharia com 43% dos votos, 5 pontos a mais que no começo do mês, enquanto Alckmin ficaria com 39%, um ponto a mais.
Entre Bolsonaro e Ciro, o candidato do PSL ganharia com 43% dos votos, 5 a mais que no levantamento anterior também. Ciro teria 41%, com queda de 3 pontos sobre a pesquisa anterior.
Já contra Haddad, Bolsonaro ganharia com 44% dos votos, 7 pontos a mais que no levantamento anterior. O candidato do PT caiu de 43% para 40% neste levantamento.
Geraldo Alckmin venceria Haddad no segundo turno, com 40% das intenções de voto, 7 pontos a mais que no levamento anterior. Haddad teria 31% das intenções, queda de 8 pontos sobre o levantamento anterior.
O levantamento foi feito entre os dias 10 e 12 de setembro com 2.401 entrevistas telefônicas em todo o Brasil, com distribuição proporcional nos Estados e Distrito Federal. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.
Por Arena do Pavini