Por Renee Maltezou
ATENAS (Reuters) - Quatro pesquisas de opinião divulgadas nesta quinta-feira destacaram a disputa acirrada na corrida eleitoral grega, mostrando resultados diferentes mas não apontando nenhuma certeza de vencedor no pleito.
A Grécia vai realizar no domingo sua segunda eleição nacional deste ano, ou terceira votação nacional, caso seja incluído na conta o referendo sobre um novo resgate financeiro da União Europeia realizado em julho.
Todas as pesquisas mostraram o partido do ex-primeiro-ministro Alexis Tsipras, o esquerdista Syriza, e o Nova Democracia, partido conservador do candidato Vangelis Meimarakis, muito próximos um do outro.
Em nenhum levantamento, no entanto, um dos partidos chegou a alcançar os 38 por cento que acredita-se serem necessários para se garantir uma maioria no Parlamento, composto por 300 assentos.
Uma vez que o cumprimento das condições de um programa de resgate de 86 bilhões de euros assumido pela Grécia está em jogo, muitos na sede da UE em Bruxelas e em outras capitais europeias gostariam de ver as eleições gregas resultarem em uma ampla coalizão.
Mas Syriza e Nova Democracia, embora aleguem que cumprirão os termos do resgate, não se entendem a respeito de temas centrais, como a liberalização do mercado de trabalho, as negociações coletivas e a imigração.
A pesquisa mais recente, feita pelo Pulse, mostrou ambos os partidos empatados com 28 por cento.
O Syriza saiu vencedor em dois levantamentos – liderando com 29 por cento sobre 28,3 por cento na pesquisa do Kapa Research feita para o jornal To Vima, e com 25,3 por cento sobre 25 por cento no levantamento do Alco para o site newsit.gr.
O Nova Democracia obteve a liderança, no entanto, numa quarta pesquisa, superando o Syriza com 31,9 por cento sobre 31,6 por cento em uma pesquisa do Metro Ananlysis para o site parapolitika.gr.
Todos esses cenários apontam para a necessidade de qualquer um dos partidos formarem uma coalizão caso vençam no domingo.
As pesquisas não mostraram nenhum outro partido se aproximando dos dois principais. O Aurora Dourada, de extrema-direita e cujos líderes estão presos, ficou em terceiro em todos os quatro levantamentos, mas nunca com mais de 8,3 por cento.