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PF investiga Aécio e mais 5 parlamentares por propina de R$130 milhões da J&F

Publicado 11.12.2018, 12:56
Atualizado 11.12.2018, 12:56
© Reuters. Agente da Polícia Federal durante operação em São Paulo

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O senador Aécio Neves (PSDB-MG) e dois deputados federais foram alvos nesta terça-feira de mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal como parte de investigação sobre pagamento de vantagens indevidas da holding J&F a diversos políticos por meio do senador, em valores que se aproximam de 130 milhões de reais.

Os mandados judiciais foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, informou a Procuradoria-Geral da República em comunicado. Segundo a PGR, as medidas cautelares são sigilosas e os nomes dos alvos não serão divulgados, mas agentes da PF fizeram buscas em endereços de Aécio e de pessoas ligadas a ele no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, segundo imagens de TV.

A PGR também fez uma referência a Aécio ao afirmar, em comunicado, que o senador investigado teria prometido favorecimentos ao grupo empresarial em um eventual governo presidencial entre 2015 e 2018, além de influência junto ao governo estadual de Minas Gerais com o objetivo de viabilizar a restituição de créditos tributários.

Aécio foi derrotado no 2º turno da eleição presidencial de 2014 por Dilma Rousseff (PT), e antes foi governador de MG por dois mandatos entre 2003 e 2010.

"Ao todo, o grupo econômico (J&F) teria repassado cerca de 130 milhões de reais que foram distribuídos a parlamentares de pelo menos três legendas", disse a PGR no comunicado, acrescentando que as investigações são decorrentes de informações prestadas em colaboração premiada por diretores da J&F.

Segundo a PGR, o objetivo das cautelares é reunir provas do pagamento de "vantagens indevidas por parte do Grupo Empresarial J&F a políticos por meio do senador".

A defesa de Aécio disse em nota que o senador sempre esteve à disposição para prestar esclarecimentos e apresentar documentos necessários às investigações. A nota diz ainda que os executivos da JBS (SA:JBSS3) tentam transformar "doações feitas a campanhas do PSDB, e devidamente registradas na Justiça Eleitoral, em algo ilícito para, convenientemente, tentar manter os generosos benefícios de seus acordos de colaboração".

"A correta e isenta investigação vai apontar a verdade é a legalidade das doações feitas", disse o advogado Alberto Zacharias Toron.

De acordo com a Polícia Federal, outros cinco parlamentares são suspeitos de envolvimento no esquema, sendo dois senadores e três deputados federais. Os demais políticos investigados são, segundo a TV Globo, os senadores Antonio Anastasia (PSDB-MG) e Agripino Maia (DEM-RN) e os deputados Benito Gama (PTB-BA), Cristiane Brasil (PTB-RJ) e Paulinho da Força (SD-SP).

Não foi possível localizar de imediato representantes desses parlamentares.

A Polícia Federal informou que no total foram expedidos pelo Supremo 24 mandados de busca e apreensão e 48 intimações para depoimentos a serem cumpridos em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Tocantins, São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Amapá, Rio Grande do Norte e na Bahia.

"Suspeita-se que os valores eram recebidos através da simulação de serviços que não eram efetivamente prestados e para os quais eram emitidas notas fiscais frias", disse a PF em comunicado.

Segundo a PF, os recursos ilegais teriam sido utilizados para a obtenção de apoio político e também para fins da campanha presidencial de 2014.

A ação desta terça-feira, chamada operação Ross, é um desdobramento da Operação Patmos, uma fase da Lava Jato deflagrada em maio de 2017 que teve como base a delação de executivos da J&F. À época, Aécio chegou a ser afastado do exercício parlamentar em decorrência da investigação.

© Reuters. Agente da Polícia Federal durante operação em São Paulo

Procurada, a J&F disse que não vai se pronunciar sobre a nova operação.

(Por Pedro Fonseca; Reportagem adicional de Gram Slattery)

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