SÃO PAULO (Reuters) - O PMDB acusou nesta quarta-feira auxiliares da presidente Dilma Rousseff de tentarem constranger o presidente do partido, o vice-presidente da República Michel Temer, e de buscar difundir interpretações de que ele agiria como um golpista.
Em nota divulgada nos perfis do partido nas redes sociais, o PMDB também acusa o Palácio do Planalto de vazar a carta enviada nesta semana por Temer a Dilma, na qual o vice aponta a falta de confiança da presidente nele e no PMDB, e de tentar dar a carta um objetivo político inexistente.
"O objetivo dos auxiliares de Dilma Rousseff foi criar constrangimentos ao nosso presidente e estimular a interpretação de que Temer estava rompendo com o governo e de forma golpista. Não é verdade. O PMDB não tem o golpe em seu DNA", segundo a nota.
O documento peemedebista afirma, ainda, que o tema do impeachment foi colocado na agenda do país por Dilma, "que invariavelmente ocupa-se deste assunto em pronunciamentos públicos há vários meses".
A nota também vai contra o discurso de governistas de que o impeachment seria um golpe.
"Impeachment não é golpe, está previsto na Constituição do Brasil e de várias outras democracias do mundo. Além do mais, nossas instituições estão funcionando normalmente, de forma transparente e democrática", disse o PMDB no comunicado, acrescentando que Temer atenderá convite de Dilma e se reunirá com a presidente ainda nesta quarta-feira.
(Reportagem de Eduardo Simões)