Por Paul Sandle
LONDRES (Reuters) - O prefeito de Londres, Sadiq Khan, pediu outro referendo sobre a filiação do Reino Unido à União Europeia, dizendo que as conduções das negociações do Brexit pela primeira-ministra se tornaram “atoladas em confusão e impasse” e estão levando o país por um caminho prejudicial.
O Reino Unido deve deixar a UE em 29 de março. Porém, com os planos da primeira-ministra Theresa May ainda sem aprovação, alguns deputados, bem como líderes empresariais e de sindicatos, estão argumentando que o povo tenha a palavra final em qualquer acordo com Bruxelas.
May descartou repetidamente um segundo referendo. Ela afirma que membros do Parlamento poderão votar se aceitam qualquer acordo final.
O apoio de Khan, membro do principal partido de oposição, o Partido Trabalhista, a um segundo referendo colocará mais pressão sobre o líder trabalhista Jeremy Corbyn a mudar sua oposição à ideia quando o partido se reunir para sua conferência anual dentro de uma semana.
Um segundo referendo, apelidado de "voto popular" por seus proponentes, não é uma política do Partido Trabalhista, ainda que o porta-voz de Finanças, John McDonnell, tenha dito no mês passado que nenhuma opção deveria estar fora de questão.
Londres apoiou permanecer na UE no referendo de junho de 2016 que terminou a favor de sair do bloco.
Khan afirmou que o Reino Unido enfrenta agora ter um mau acordo ou nenhum acordo de Brexit, ambos “incrivelmente arriscados”.
Escrevendo no jornal Observer deste domingo, ele culpou a condução das negociações pelo governo e disse que a ameaça aos padrões de vida, à economia e aos empregos está alta demais para que os eleitores não possam ter voz.
“O fracasso do governo - e o enorme risco que enfrentamos de um acordo ruim ou de um não acordo de Brexit - significa que dar às pessoas uma nova voz é a correta – e única – abordagem que sobrou para nosso país", disse ele.