Por Richard Cowan
WASHINGTON (Reuters) - A presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, conhecida crítica das políticas de direitos humanos da China, dedicou influência para um projeto de lei bipartidário para exigir que o governo Trump se certifique de que Beijing continua mantendo o tratamento especial em relação a Hong Kong.
A medida dos parlamentares norte-americanos para proteger a relação de "um país, dois sistemas" que a China tem com Hong Kong, que antes estava sob domínio britânico, aparece em meio a uma série de manifestações em Hong Kong contrárias a um projeto de lei que instituiria possível extradições para a China.
"O projeto de lei diz que nós não mais consideramos que a China esteja operando com um país e dois sistemas", disse Pelosi, democrata, a jornalistas em um café da manhã patrocinado pela organização noticiosa The Christian Science Monitor.
Pelosi apontou que sob as atuais leis dos Estados Unidos, Hong Kong é tratada como uma "zona econômica" com privilégios especiais não desfrutados pela China.
Ela disse que o projeto requereria que o governo Trump documentasse que o acordo de "zona econômica" ainda esteja em vigência para que o acordo especial continuasse.
"Se eles são apenas a China, então não terão os privilégios", disse Pelosi.
Diante da massiva repercussão negativa em Hong Kong à potencial mudança na lei de extradição, a chefe executiva de Hong Kong, Carrie Lam, suspendeu a medida. Mas manifestantes exigem que ela renuncie e que a medida seja formalmente retirada.
(Reportagem de Richard Cowan)