Por Gayatri Suroyo e Kanupriya Kapoor
JACARTA (Reuters) - O presidente da Indonésia, Joko Widodo, nomeou dois tecnocratas experientes para cargos de gestão econômica importantes em uma reforma de gabinete pensada para reassegurar investidores preocupados com um gradual desvio de política que vem levando o crescimento ao nível mais baixo em seis anos.
A decisão de Widodo contrariou expectativas de que seu próprio partido o levaria a fazer mais indicações políticas, um movimento que pode surpreender críticos que alegam que ele não tem sido o líder forte pelo qual esperavam quando ele assumiu o poder no ano passado.
Darmin Nasution, que foi presidente do banco central de 2010 a 2013 e recebeu seu doutorado pela Sorbonne, em Paris, foi escolhido para substituir Sofyan Djalil como ministro-chefe da Economia.
Nasution, 66, é amplamente respeitado na comunidade empresarial e nos mercados financeiros, o que pode ajudar a fortalecer a confiança enquanto a rúpia definha no patamar mais baixo ante o dólar em mais de 17 anos.
Outra escolha inesperada foi a nomeação Thomas T. Lembong, executivo do setor financeiro formado em Harvard, como ministro do Comércio. Presidente-executivo da Quvat Management, uma firma de private equity sediada em Cingapura que investe na Indonésia, Lambong já trabalhou no Deutsche Bank e no Morgan Stanley (NYSE:MS).
O Produto Interno Bruto (PIB) da Indonésia cresceu 4,67 por cento no segundo trimestre, o ritmo mais lento em seis anos. Desde que assumiu o poder em outubro do ano passado, o governo de Widod aprovou medidas com o objetivo de impulsionar a indústria e o consumo que têm sido criticadas por investidores como protecionistas.