JUBA (Reuters) - O presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, disse estar disposto a aceitar um acordo de paz para encerrar uma guerra civil e montar um novo governo inclusivo.
O pacto sendo negociado no Sudão daria ao país cinco vice-presidentes e também contemplaria a segurança e a divisão de poder.
"O povo do Sudão do Sul está querendo paz, e se esse arranjo puder trazer paz ao povo do Sudão do Sul, estou pronto para aceitá-lo", disse Kiir na noite de quarta-feira durante a cerimônia de posse de seu ministro de Relações Exteriores.
"As pessoas falam de exclusividade, ninguém deve ser deixado de fora do governo. Aceito isso", disse.
O Sudão do Sul mergulhou em um conflito em 2013 por causa de uma disputa entre Kiir e seu ex-vice-presidente Riek Machar. Dezenas de milhares de pessoas foram mortas, um quarto da população fugiu e a economia dependente do petróleo foi arruinada.
Em 2015 um acordo de paz interrompeu brevemente os combates, mas o pacto ruiu quando Machar voltou à capital no ano seguinte.
O conflito diz respeito principalmente a desavenças étnicas entre a tribo predominante Dinka de Kiir e a Nuer de Machar.
Nesta semana Kiir nomeou Nhial Deng Nhial, ex-conselheiro presidencial e seu negociador-chefe nas conversas de Cartum, como seu novo chanceler no lugar de Deng Alor.
(Reportagem de Denis Dumo)