BRASÍLIA (Reuters) - O presidente em exercício do Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), disse que não haveria problema em adiar em um ou dois dias a análise das medidas cautelares impostas pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), caso o plenário da corte não conclua o julgamento do caso nesta quarta-feira.
O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta quarta o julgamento de uma ação que discute se o Judiciário tem poderes para decretar eventuais medidas cautelares contra parlamentares, como o afastamento de suas atividades legislativas, sem a necessidade do aval das Casas Legislativas.
No início do mês, o Senado adiou votação do plenário em que seria analisada a decisão da 1ª Turma do Supremo que suspendeu o mandato de Aécio e determinou seu recolhimento noturno.
“Não vejo nenhum drama maior se nós tivermos que aguardar mais 48, 24 horas para a conclusão do julgamento”, disse Cunha Lima a jornalistas.
“É razoável que possamos aguardar agora que o julgamento já está iniciado. Até porque foi essa a decisão majoritária do plenário (do Senado), o plenário decidiu aguardar a manifestação do plenário do Supremo Tribunal Federal”, afirmou, referindo-se à votação da Casa no início do mês, quando a votação do caso de Aécio foi adiada para o dia 17 de outubro.
Questionado sobre os votos já proferidos até o momento no julgamento do STF, Cunha Lima evitou tecer comentários e disse acreditar que o pleno da Suprema Corte possa concluir sua análise até a próxima terça-feira.
“Na condição de presidente interino... vice-presidente, eu não sou comentarista de julgamento do Supremo, até porque o Supremo não é um campo de futebol que você possa dar pitaco”, disse.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)