BRASÍLIA (Reuters) - A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) adiou nesta terça-feira o julgamento do pedido de prisão apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG).
A decisão foi tomada pelo relator do caso, ministro Marco Aurélio Mello, para decidir antes sobre um recurso protocolado nesta manhã pela defesa do tucano que pede que Aécio seja julgado pelo plenário da corte.
A Primeira Turma do Supremo também determinou que as prisões preventivas da irmã de Aécio, Andrea Neves, e do primo do senador Frederico Pacheco fossem convertidas em prisão domiciliar. A decisão dos ministros foi no sentido de ampliar a ambos o benefício dado pouco antes ao ex-assessor do senador Zezé Perrella (PMDB-MG), Mendherson Souza Lima.
Apesar de deixarem a prisão, a irmã e o primo de Aécio e o ex-assessor de Perrella deverão ser monitorados por tornozeleira eletrônica.
Aécio, candidato derrotado nas eleições presidenciais de 2014 e presidente licenciado do PSDB, foi gravado em uma conversa com o empresário Joesley Batista, um dos donos da J&F, na qual acertaria o recebimento de 2 milhões de reais a serem usados para pagar sua defesa. O senador afirma ter sido alvo de uma armação e que os recursos seriam um empréstimo que seria posteriormente formalizado em contrato.
A irmã de Aécio, segundo a PGR, tratou com Joesley sobre os recursos e o primo do senador afastado foi filmado recebendo em ação controlada da Polícia Federal recebendo os recursos.
(Por César Raizer)