BRASÍLIA (Reuters) - A Executiva Nacional do PTB aprovou nesta quarta-feira, por unanimidade, o apoio ao candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, e a decisão será levada para ser oficializada na convenção do partido em 28 de julho.
Em carta aos filiados, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, justificou o apoio a Alckmin alegando que o candidato tucano defende as mesmas medidas propostas pelo PTB, como menos impostos e gastos públicos.
Segundo Jefferson, o ex-governador de São Paulo é capaz de pacificar o país, que hoje é uma "bomba-relógio".
"A pessoa que reúne todas essas qualidades, defende as bandeiras que defendemos e nos respeita, política e partidariamente, é Geraldo Alckmin", diz o texto.
A reunião formalizou um apoio que já havia sido anunciado por Jefferson há vários meses. Mesmo estando no governo do presidente Michel Temer, o PTB havia avisado ao Palácio do Planalto que apoiaria Alckmin e não o candidato do governo, se este não fosse o próprio tucano.
Até duas semanas atrás, o PTB comandava o Ministério do Trabalho. No entanto, depois de ter sido implicado mais uma vez em investigações da Polícia Federal na pasta --e desta vez ter o ministro Helton Yomura, indicado por Jefferson, afastado e proibido de entrar no prédio do ministério--, o PTB entregou a pasta ao governo.
Além do PTB, Alckmin já fechou o apoio do PSD, partido do ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, e tem praticamente certo o apoio de pelo menos outras duas legendas --PPS e PV--, de acordo com o secretário-geral tucano, deputado Marcus Pestana (MG).
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)