BRASÍLIA (Reuters) - O ministro Luís Roberto Barroso, relator no Supremo Tribunal Federal (STF) de dois mandados de segurança sobre a ordem de votação do impeachment na Câmara, votou nesta quinta-feira favoravelmente a alternância na chamada das bancadas estaduais por ordem geográfica, mas desde que leve em consideração a latitude das capitais.
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que na quarta-feira havia determinado que a votação seria iniciada pelo Estado mais ao sul até chegar ao mais ao norte, determinou nesta quinta a alternância entre Estados do Norte e do Sul e vice versa. Mas, segundo Barroso, a ordem estabelecida não respeita o critério da latitude das capitais.
Após o voto de Barroso, os outros nove ministros presentes na sessão do Supremo nesta quinta apresentarão seus votos sobre os dois mandados de segurança que pedem que a votação do impeachment, marcada para domingo, aconteça intercalando deputados do Norte e do Sul do país e não as bancadas estaduais.
Mais cedo, a maioria do STF, por seis votos a quatro, rejeitou pedido de liminar feito pelo PCdoB em Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), mantendo assim a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sobre a ordem de votação.
A lista determinada por Cunha estabelece seguinte ordem de votação das bancadas estaduais: Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Amapá, Pará, Paraná, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Rondônia, Goiás, Distrito Federal, Acre, Tocantins, Mato Grosso, São Paulo, Maranhão, Ceará, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Piauí, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Sergipe e Alagoas.
(Reportagem de Marcela Ayres)