BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), classificou de “delírios” as menções feitas ao seu nome em delação premiada do senador Delcídio do Amaral (MS), homolagada nesta terça-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O presidente do Congresso e do Senado é citado por Delcídio, ao lado de outros políticos, em colaboração que, segundo a Procuradoria-Geral da República, esclarece "diversos fatos que interessam diretamente às investigações em curso acerca da atuação da organização criminosa" que é alvo de investigação da Lava Jato.
“Eu não tenho nenhuma preocupação com essas delações, muito mais com a delação, com os delírios do senador Delcídio do Amaral”, disse Renan a jornalistas ao chegar ao Congresso.
“Eu acho que esses delírios que estão chamando de delações não confirmam nada, absolutamente nada porque não tem nenhuma prova”, afirmou.
“Essa coisa do senador Delcídio é um delirio, é uma degradação pessoal. Eu acho que essas coisas, quando acontecerem , 400 páginas de delírios, isso deveria agravar a pena, e não isentar esse tipo de pessoa que faz esse tipo de acusação.”
Questionado sobre sua posição em relação ao governo, enquanto muitos correligionários defendem o desembarque do PMDB da aliança com o PT, Renan disse que tem procurado ter “isenção”.
“Definitivamente eu não sou nem governista nem posicionista, eu sou presidente do Congresso Nacional e como presidente do Congresso Nacional eu tenho procurado me pautar com equilíbrio, com insenção, como responsabildiade”, disse.
Sobre o encontro na noite passada com a presidente Dilma Rousseff, afirmou que tratou-se de uma “conversa conjuntural” em que falaram cobre questões do “dia-a-dia”.
(Por Maria Carolina Marcello)