BRASÍLIA (Reuters) - O Senado aprovou nesta quarta-feira, por 36 votos a 31, a proibição de doações de empresas a campanhas eleitorais, liberando apenas doações de pessoas físicas, limitadas ao equivalente a todos os rendimentos do doador em um ano.
A proibição foi incluída no projeto da reforma política por meio de emenda proposta pelo relator do texto no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).
A votação do projeto da reforma política no Senado ainda não terminou, contudo. Os senadores, que já aprovaram o texto-base e essa emenda de Jucá, ainda vão apreciar emendas que podem fazer outras modificações no texto, mas não mais relativas às doações.
Após concluída a votação no Senado, o projeto, que foi alterado na Casa, terá de voltar à Câmara dos Deputados.
Críticos do financiamento privado de campanhas eleitorais afirmam que as doações de empresas estão diretamente ligadas aos casos de corrupção como o investigado na Petrobras (SA:PETR4) pela operação Lava Jato.
A própria presidente Dilma Rousseff, durante sua campanha pela reeleição no ano passado, defendeu publicamente o fim do financiamento privado.
(Reportagem de Leonardo Goy e Maria Carolina Marcello)