Por David Morgan e Amanda Becker
WASHINGTON (Reuters) - Os Senado dos Estados Unidos aprovou neste sábado uma ampla reforma tributária, em um grande passo para que os republicanos e o presidente Donald Trump se aproximem mais do objetivo de reduzir impostos para empresas e ricos, oferecendo aos norte-americanos uma série de mudanças tributárias.
No que seria a maior reforma tributária do país desde a década de 1980, os republicanos querem aumentar a dívida nacional de 20 trilhões de dólares em 1,4 trilhão ao longo de 10 anos para financiar as mudanças, que eles dizem que aumentarão ainda mais uma economia já em crescimento.
"Estamos um passo mais perto de entregar enormes cortes de impostos para famílias trabalhadoras em toda a América", disse Trump, em um tweet.
Comemorando a vitória no Senado, líderes republicanos projetaram que os cortes nos impostos encorajariam empresas americanas a investirem mais, reforçando o crescimento econômico.
"Agora, temos uma oportunidade de tornar o país mais competitivo, de manter empregos que foram enviados para outros países e de fornecer um alívio significativo para a classe média", disse Mitch McConnell, líder republicano no Senado.
O Senado aprovou a lei por 51 a 49 votos, com os democratas reclamando que as emendas de última hora, para conquistar republicanos céticos, foram mal redigidas e são vulneráveis para serem exploradas, no futuro, por advogados e contadores da indústria da evasão fiscal.
"Os republicanos conseguiram pegar uma lei ruim e torná-la pior ainda", afirmou o líder democrata no Senado, Chuck Schumer. "Por baixo da escuridão, e com a ajuda da pressão, uma enxurrada de mudanças de última hora vão encher ainda mais os bolsos dos ricos e das grandes corporações com dinheiro".
Nenhum democrata votou a favor da lei, mas o partido foi incapaz de bloqueá-la porque os republicanos têm maioria de 52 a 48 no Senado.
As discussões começarão, provavelmente na próxima semana, entre o Senado e a Casa dos Representantes, que já aprovou sua versão da lei fiscal.
Trump quer que isso aconteça antes do fim do ano, permitindo que ele e seus colegas republicanos alcancem o primeiro feito legislativo de 2017, apesar de controlarem a Casa Branca, o Senado e a Casa desde que ele assumiu a presidência, em janeiro.