SEUL (Reuters) - A inteligência da Coreia do Sul acredita que entre os suspeitos procurados pelo assassinato do meio-irmão do líder da Coreia do Norte há várias autoridades que trabalham para os ministérios das Relações Exteriores e da Segurança do país recluso, de acordo com parlamentares de Seul.
Kim Jong Nam foi morto neste mês no Aeroporto Internacional da Malásia por assassinos que usaram o gás nervoso VX, agente químico capaz de matar em minutos e listado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como arma de destruição em massa.
A Coreia do Sul é extremamente sensível a acontecimentos em seu imprevisível vizinho dotado de arsenal nuclear, e funcionários de agências de inteligência inteiraram os parlamentares sobre o assassinato do meio-irmão afastado do líder norte-coreano, Kim Jong Un.
A Coreia do Norte não reconheceu que a vítima é Kim Jong Nam, mas autoridades de Seul e dos Estados Unidos acreditam que Kim, que criticou o controle de sua família, foi assassinado por agentes do Norte.
"Entre os oito suspeitos neste caso, quatro são do Ministério da Segurança Estatal e dois que realmente agiram são do Ministério das Relações Exteriores", disse Lee Cheol-woo, um dos parlamentares informados pela inteligência sul-coreana.
"É por isso que se trata de um caso de terrorismo conduzido pelo estado, diretamente organizado pelo Ministério da Segurança Estatal e o Ministério das Relações Exteriores", acrescentou.
A polícia da Malásia identificou total de oito norte-coreanos como suspeitos ou procurados para interrogatório, incluindo um funcionário da embaixada da Coreia do Norte que se acredita ainda estar em Kuala Lumpur.
No domingo, o ministro da Saúde malaio, Subramaniam Sathasivam, disse que Kim Jong Nam morreu entre 15 e 20 minutos depois de ser atacado por duas mulheres que se acredita terem esfregado o gás VX em seu rosto.