(Reuters) - O presidente Michel Temer saiu nesta terça-feira em defesa de ministros que tiveram os nomes citados em casos de irregularidades e afirmou que as menções a seus auxiliares diretos são "simples alegações".
"O envolvimento dos nomes se deu, convenhamos, por enquanto, por uma simples alegação. É preciso que as coisas se consolidem. Se um dia se consolidar, muito bem, o governo verá o que fazer", disse Temer a jornalistas brasileiros, durante viagem ao Japão, quando questionado sobre o envolvimento dos nomes de ministros em irregularidades.
"Se a cada momento que alguém mencionar o nome de alguém, isso passar a dificultar o governo, fica difícil", completou o presidente.
Alguns auxiliares do núcleo mais próximo de Temer --casos de Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e Moreira Franco (Programa de Parceria de Investimentos)-- tiveram os nomes citados por um delator ligado à construtora Odebrecht, segundo noticiou a imprensa.
Outro citado teria sido o senador Romero Jucá (PMDB-RR), atual presidente do PMDB e também bastante próximo a Temer. Jucá chegou a ser ministro do Planejamento do governo Temer, mas acabou deixando o cargo em meio ao envolvimento de seu nome em denúncias.
(Por Eduardo Simões, em São Paulo)