WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta terça-feira adotar mais uma retaliação contra a China se Pequim atingir os trabalhadores agrícolas ou industriais norte-americanos em meio a uma disputa comercial, e acusou a China de tentar influenciar a eleição dos EUA para prejudicar agricultores.
Trump fez as acusações em uma sequência de publicações em sua conta no Twitter (NYSE:TWTR), no momento em que os dois países impuseram novas tarifas comerciais em uma intensificação das disputas entre as duas maiores economias do mundo.
A China disse que vai retaliar com tarifas sobre 60 bilhões de dólares em produtos norte-americanos, depois que Trump impôs tarifas de 10 por cento sobre cerca de 200 bilhões de dólares em importações chinesas na segunda-feira.
Trump disse que a China está tentando usar o comércio para prejudicá-lo com seus apoiadores antes das eleições parlamentares em 6 de novembro nos Estados Unidos.
"A China declarou abertamente que está ativamente tentando impacta e mudar nossa eleição, atacando nossos agricultores, fazendeiros e trabalhadores industriais por causa de sua lealdade a mim", escreveu Trump. Não ficou claro sobre qual declaração de Pequim o presidente estava se referindo em suas publicações.
"Haverá uma grande e rápida retaliação econômica contra a China se nossos agricultores, pecuaristas e/ou trabalhadores industriais forem prejudicados!", acrescentou Trump. Trump venceu a disputa presidencial de 2016 com forte apoio desses agricultores e eleitores de classe trabalhadora.
Em julho, Pequim divulgou um pequeno vídeo em inglês apresentando um desenho animado falante de soja confirmando a importância do comércio. O desenho pontua que nove dos dez maiores Estados produtores de soja votaram em Trump nas eleições presidenciais de 2016.
"Então os eleitores vão apoiar Trump e os republicanos assim que forem atingidos em suas carteiras?", pergunta o grão.
(Por Susan Heavey)