Por Yasmeen Abutaleb e Jeff Mason
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou a crise de opióides uma emergência de saúde pública nesta quinta-feira, não chegando a fazer uma declaração de emergência nacional que prometeu meses atrás e que teria liberado mais verbas federais.
Respondendo a um crescente problema que causa estragos em áreas rurais, a declaração de Trump irá redirecionar recursos federais e afrouxar regulamentos para combater o abuso de opióides, disseram autoridades seniores do governo em teleconferência com repórteres.
Mas isto não significa que haverá mais dinheiro para combate à crise. Alguns críticos, incluindo parlamentares democratas, disseram que a declaração foi sem sentindo ao não liberar fundos adicionais.
“Esta epidemia é uma emergência de saúde nacional”, disse Trump na Casa Branca. “Ninguém nunca viu nada como o que está acontecendo agora. Como americanos, nós não podemos permitir que isto continue.”
O anúncio desapontou alguns defensores e especialistas em combate a vícios, que disseram ter sido inadequado para o combate a um problema que teve participação em mais de 33 mil mortes em 2015, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC). Segundo estimativas, o número de mortes continua crescendo.
Opióides, principalmente analgésicos prescritos, heroína e fentanil estão impulsionando as overdoses por drogas. Mais de 100 norte-americanos morrem diariamente por overdoses relacionadas, de acordo com o CDC.
Uma comissão da Casa Branca sobre a crise de drogas pediu para Trump declarar uma emergência nacional. Na quarta-feira, o presidente disse à Fox Business Network que iria fazer isto.