Por Susan Heavey
WASHINGTON (Reuters) - Pré-candidato presidencial favorito pelo Partido Republicano, Donald Trump se distanciou da maioria de seus rivais nesta sexta-feira em temas como o acordo nuclear com o Irã e a batalha do casamento gay no Estado norte-americano do Kentucky.
As declarações de Trump em uma longa entrevista ao canal MSNBC vieram à tona um dia depois de ele jurar lealdade ao partido. Ele classificou o pacto iraniano como "um acordo desastroso" e "um contrato horrível", mas disse que irá lidar com ele.
A maioria dos outros 16 pré-candidatos republicanos em busca da indicação da legenda para a votação presidencial de 2016 prometeram desfazer de imediato o pacto firmado pelo governo Obama se forem eleitos. Mas Trump, um empresário bilionário, reiterou sua visão de que há dinheiro demais em jogo e que seus adversários estão errados ao afirmarem que irão enterrar o acordo.
"Este é o exemplo perfeito de contrato ruim", afirmou ele, acrescentando que será duro em sua aplicação.
Tratando de assuntos domésticos, Trump se afastou de seus concorrentes no tópico da disputa legal sobre o casamento gay no Kentucky. Alguns republicanos apoiaram entusiasticamente Kim Davis, tabeliã do condado de Rowan que preferiu ser presa ao invés de emitir quaisquer licenças de casamento depois que a Suprema Corte dos EUA decidiu que os pares gays têm direito de se casar.
"Somos uma nação de leis", disse Trump. "A decisão foi tomada, e essa é a lei do país".
Na quinta-feira, Trump assinou um compromisso de lealdade com o líder do Comitê Nacional Republicano e, depois de semanas flertando com a ideia, prometeu não se lançar em uma candidatura independente.
"Não estou vendo nada como garantido", disse ele no programa ‘Morning Joe' da MSNBC, reconhecendo os outros concorrentes. "Entendo... que é uma maratona".