Por Doina Chiacu
WASHINGTON (Reuters) - O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, tentou nesta quinta-feira desqualificar o furor gerado pelo seu pedido para que a Rússia encontrasse emails deletados pela candidata democrata, Hillary Clinton, argumentando que estava sendo sarcástico.
Enquanto isso, em Moscou, um porta-voz do Kremlin disse a Washington que resolva seus próprios problemas com emails.
Na quarta-feira, Trump convidou a Rússia a buscar dezenas de milhares de emails "perdidos" da época em que Hillary era secretária de Estado dos EUA, levando democratas a o acusarem de pedir a estrangeiros que espionassem norte-americanos. Mais tarde, ele minimizou comentários do chefe de campanha de Hillary, Robby Mook, de que suas declarações levantavam preocupações sobre a segurança nacional.
"Você deve estar brincando. A cliente dele, a pessoa dele, deletou 33 mil emails ilegalmente. Olhe para isso. E quando eu estou sendo sarcástico sobre algo...", disse Trump em entrevista à Fox News transmitida na quinta-feira.
Indagado se estava realmente sendo sarcástico, Trump rebateu: "É claro que estou sendo sarcástico. Eles sequer sabem, francamente, se foi a Rússia. Eles não têm ideia se foi a Rússia, se foi a China, se foi outro. Quem sabe quem foi?"
"Mas você tem 33 mil emails deletados, e o problema real é o que foi dito naqueles emails do Comitê Nacional Democrata", disse ele se referindo a emails do Partido Democrata que indicariam favorecimento a Hillary na disputa pela indicação do partido à Casa Branca e que foram divulgados pelo WikiLeaks no último fim de semana.