Por Jeff Mason e Diane Bartz
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou nesta terça-feira um plano para multar a ZTE em 1,3 bilhão de dólares e reorganizar a administração, já que parlamentares norte-americanos devem manter as sanções que paralisaram a empresa chinesa de telecomunicações.
A proposta de Trump encontrou resistência imediata no Congresso, onde republicanos e democratas acusaram o presidente de se inclinar à pressão de Pequim para aliviar uma empresa que admitiu violar as sanções ao Irã.
A reação deles poderia complicar os esforços de Trump para obter concessões da China, o que reduziria o déficit comercial anual de 335 bilhões de dólares.
Em discurso na Casa Branca, Trump disse que as empresas de tecnologia dos EUA foram prejudicadas pela decisão do Departamento de Comércio de abril que as proíbe de vender componentes para a segunda maior fabricante de equipamentos de telecomunicações da China. A ZTE fechou a maior parte de sua produção após a decisão.
"Eles podem pagar um preço alto sem necessariamente danificar todas essas empresas americanas", disse Trump.
Trump sugere que a ZTE pague uma multa de até 1,3 bilhão de dólares, troque a administração e o conselho de administração.
Antes de Trump falar, republicanos e democratas no Congresso já agiam para impedir que ele aliviasse a pressão sobre a ZTE.
O Comitê Bancário do Senado votou 23 a 2 para tornar mais difícil para o presidente modificar as penalidades nas empresas de telecomunicações chinesas e os parlamentares disseram que estavam examinando outras possibilidades.
Segundo fontes familiarizadas com as discussões, um acordo comercial proposto com a China suspenderia a proibição de sete anos que impede que fabricantes de chips e outras empresas vendam componentes para a ZTE, que fabrica smartphones e equipamento de rede de telecomunicações.
Em troca, a China eliminaria tarifas sobre a agricultura dos EUA ou aceitaria comprar mais produtos agrícolas do país.
(Por Andy Sullivan)