Por Andy Sullivan
WASHINGTON (Reuters) - Uma disputa interna entre os assessores de Donald Trump foi revelada neste domingo, quando sua gerente de campanha alertou que o presidente eleito poderia enfrentar uma reação intensa de apoiadores caso escolha Mitt Romney para ser secretário de Estado.
Trump tem ponderado entre Romney, candidato presidencial republicano de 2012 e que passou grande parte do ano passado criticando Trump, e o ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani, que apoiou desde o início a campanha presidencial do magnata imobiliário, para o comando da diplomacia dos EUA.
Giuliani se encaixaria junto a outros leais e conservadores de linha-dura que Trump escolheu até agora para integrar seu governo, porém tem sido criticado por trabalhar como consultor para governos estrangeiros.
Com Romeny, Trump poderia ajudar a unir seu partido e conquistar republicanos céticos.
Apesar de grande parte do debate ter acontecido a portas fechadas, a gerente de campanha Kellyanne Conway advertiu que Trump poderia irritar seus apoiadores caso opte por Romney, que o acusou de ser uma "fraude" e um "falso" na campanha deste ano.
"Eles se sentem traídos por pensar que Romney pode voltar após tudo o que fez -- nem sabemos se ele votou em Donald Trump. Por um ano, ele e seus consultores não foram nada para Donald Trump", disse ela no programa "Meet the Press", da NBC.
"Sou a favor da unidade do partido, mas não estou certa de que temos de pagar com a posição do secretário de Estado," disse Conway à CNN.
Conway disse que apoiaria Trump, caso ele decida por Romney, mas outros republicanos a criticaram por falar à televisão, em vez de falar diretamente com Trump.
"Espantado por ouvir publicamente de K. Conway, que pode falar pessoalmente com Trump, a porcaria de possibilidade de Romney como Sec do Estado ", escreveu Ana Navarro, estrategista republicana, no Twitter.
(Reportagem adicional de David Chance)