Por Julia Love
(Reuters) - Quando a presidente-executiva da Hewlett Packard Enterprise, Meg Whitman, anunciou na semana passada que não irá votar no candidato presidencial de seu Partido Republicano, Donald Trump, no mesmo fôlego prometeu arrecadar dinheiro para a candidata democrata, Hillary Clinton, e exortar outros executivos a seguirem seu exemplo.
Ela não precisará convencer seus colegas conservadores da indústria de tecnologia a repudiarem Trump: eles já o fizeram. Sua campanha arrecadou menos de 6 por cento do que o candidato republicano Mitt Romney obteve de doadores desse setor a esta altura da disputa presidencial em 2012.
Mas conseguir dinheiro para Hillary pode se mostrar difícil. Embora a democrata tenha recebido 25 vezes mais do que Trump de doadores da indústria tecnológica até o momento, angariou menos da metade do que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conseguiu dos empregados do setor a esta altura da corrida quatro anos atrás, e menos do que Bernie Sanders, seu rival nas primárias estaduais do partido, arrecadou antes de desistir da disputa.
Estima-se que, juntos, Trump e Hillary teriam recebido 3,5 milhões de dólares de funcionários do Vale (SA:VALE5) do Silício até 30 de junho, enquanto Obama e seu então adversário Romney haviam arrecadado 11 milhões de dólares até junho de 2012, de acordo com uma análise da Crowdpac, uma startup de arrecadação de fundos sem filiação partidária que estuda dados de contribuições de campanha.