BRASÍLIA (Reuters) - O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, classificou nesta terça-feira de "falácias" as propagandas no horário eleitoral do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, que o atacam e preferiu ironizar o fato de o tucano estar atrás dele em pesquisas de intenção de voto em São Paulo, Estado que Alckmin governou por quatro mandatos.
"Ele tem que mostrar o que ele fez, não ficar tentando desconstruir os outros com falácias", disse Bolsonaro, em entrevista na Câmara dos Deputados. "Ele está perdendo para mim em São Paulo, é uma vergonha", cutucou.
O candidato do PSL, que tem liderado as pesquisas de intenção de voto no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mencionou ainda acusações que envolvem Alckmin e pessoas a seu redor.
Disse que o tucano tem "quatro delatores em cima dele", e citou nominalmente o ex-diretor da Dersa, estatal rodoviária paulista Paulo Vieira de Souza, e o "cunhado", numa referência ao empresário Adhemar Ribeiro, irmão da esposa de Alckmin.
Bolsonaro insinuou envolvimento de Alckmin em escândalo de desvio de merenda escolar em São Paulo para rebater a propaganda do adversário que mostra o candidato do PSL xingando mulheres.
"Ele diz que defende as mulheres, ele que defenda as mulheres evitando desvio de merenda para seus filhos em São Paulo", disse ele, ao destacar que não vai reagir aos ataques. "Dezenas e milhares de pessoas reagem por mim sem robô."
Tietado por pessoas que o paravam para fotografias no seu périplo pela Câmara, Bolsonaro afirmou que o PT está "desesperado" e, buscando adotar um tom otimista, disse que, se não houver "fraude", "liquida a fatura" no primeiro turno.
(Reportagem de Ricardo Brito)