Por MacDonald Dzirutwe e Joe Brock
HARARE (Reuters) - Apurações começaram no Zimbábue nesta segunda-feira na primeira eleição desde a remoção do ex-presidente Robert Mugabe, em uma votação divisora de águas que pode colocar um Estado pária de volta ao cenário internacional e desencadear uma recuperação econômica.
A eleição é uma disputa entre o presidente Emmerson Mnangagwa, de 75 anos e um antigo aliado de Mugabe, e Nelson Chamisa, pastor e advogado de 40 anos que busca se tornar o mais jovem chefe de Estado do Zimbábue.
Mnangagwa é visto como o favorito, embora as pesquisas de opinião mais recentes indiquem uma disputa acirrada. Haverá um segundo turno em 8 de setembro se nenhum candidato angariar mais da metade dos votos.
As urnas fecharam às 19h, no horário local. O resultado oficial precisa ser anunciado dentro de cinco dias, mas provavelmente haverá indicações do resultado na terça-feira.
A comissão eleitoral do Zimbábue informou que o comparecimento de eleitores foi em média 75 por cento, mais alto que da última eleição, em 2013.
Zimbabuanos também estão elegendo 210 membros do Parlamento e mais de 9 mil deputados.
O vencedor da eleição presidencial enfrenta a tarefa de colocar o Zimbábue de volta nos trilhos após 37 anos de governo Mugabe manchados por corrupção, má administração e isolamento diplomático, que causaram uma crise em um país que no passado foi uma das economias mais promissoras da África.