Políticos do Juntos por el Cambio decidiram declarar neutralidade no 2º turno das eleições presidenciais da Argentina, marcado para 19 de novembro. A candidata da coligação, Patricia Bullrich, ficou em 3º lugar no 1º turno e anunciou na 4ª feira (25.out.2023) apoio a Javier Milei (La Libertad Avanza), que disputa a Presidência com Sergio Massa (Unión por la Patria).
Segundo o jornal Clarín, o governador da província de Corrientes, Gustavo Valdés, foi o anfitrião da reunião realizada na noite de 4ª feira (25.out). Estiveram presentes governadores atuais e eleitos do Juntos por el Cambio.
Conforme o jornal, participaram do encontro:
- Gustavo Valdés – governador da província de Corrientes;
- Alfredo Cornejo – governador eleito da província de Mendoza;
- Rodolfo Suarez – atual governador da província de Mendoza;
- Rogelio Frigerio – governador eleito da província de Entre Ríos;
- Ignacio Torres – governador eleito da província de Chubut;
- Leandro Zdero – governador eleito da província de Chaco;
- Marcelo Orrego – governador eleito da província de San Juan;
- Carlos Sadir – governador eleito da província de Jujuy;
- Gerardo Morales – governador da província de Jujuy;
- Gisela Scaglia – vice-governadora eleita da província de Santa Fé, representando o governador eleito Maximiliano Pullaro;
- Ricardo Endeiza – vice-governador eleito da província de San Luis, representando o governador eleito Claudio Poggi.
Em comunicado (íntegra – PDF – 59 kB, em espanhol), eles disseram querer ser “a principal resistência ao populismo econômico” que deixou a Argentina “de joelhos face ao flagelo da inflação”. Segundo eles, a situação foi causada por um “governo fiscalmente irresponsável”. Sergio Massa é o atual ministro da Economia do país.
Os políticos afirmaram que o momento político pede que eles se atenham aos princípios da coligação. “Mas a forma de o fazer é reafirmando os valores fundadores do ‘Juntos por el Cambio’ no Congresso Nacional e nas províncias, e não entregando a nossa identidade a um alquimista de plantão”, lê-se no comunicado.
“Não vamos contribuir para uma maior fragmentação do rendimento do nosso povo, forçando a dolarização sem dólares”, completa, em referência ao plano econômico defendido por Javier Milei.
APOIO DE BULLRICH
Bullrich disse que a decisão de apoiar Milei é “político-estratégica”. Segundo ela, o apoio é dela e de Luis Petri, seu companheiro de chapa na votação do 1º turno, e não do Propuesta Republicana, sua legenda, ou da coalizão Juntos por el Cambio.
“Quando o país está em perigo, tudo é permitido, exceto não defendê-lo”, afirmou Bullrich em postagem no X (antigo Twitter). “A urgência do momento nos desafia a não sermos neutros diante do perigo da continuidade do kirchnerismo que Sergio Massa significa”, declarou.
Bullrich afirmou que a vitória do ministro da Economia “implicaria uma nova etapa histórica sob o domínio do populismo corrupto que levaria ao declínio final”.